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Formação com  Professores

O Encontro de Formação com Professories “Por uma arqueologia do comum, ou o que eu quero dizer com uma escavação de si” é uma das ações de difusão do Projeto AECE que, por sua vez, visou o lançamento do livro “Arte | Ética | Crítica | Escritura: Que nenhuma voz da realidade humana seja empurrada para baixo do silêncio da história - Tomo I”. O encontro teve condução da arte-educadora Amanda Amaral, e foi realizado de forma gratuita no dia 24 de julho de 2023. Foram, ao todo, dois grupos: o primeiro no período da manhã, das 09h às 10h30; e o segundo no período da tarde, das 15h às 16h30, ambos com as atividades realizadas à distância, virtualmente, através da plataforma Zoom, de modo síncrono.

 

A formação foi pensada a partir das relações entre imagem e palavra. O interesse é apresentar e discutir a expansão do pensamento crítico-político-artístico proposto pelo projeto e publicação ARTE | ÉTICA | CRÍTICA | ESCRITURA (AECE), examinando as possíveis ações que decorrem da leitura do compêndio e, ainda, propor uma ação que utiliza o testemunho como síntese para a representação gráfica de si. Tudo que nos atravessa pode ser narrado em palavra e imagem. E é na interlocução entre Michel Foucault, Jota Mombaça, Leila Domingues e outres autories que, neste encontro, palavra e imagem foram estabelecidas como premissas para registrar a memória coletiva.

 

Do ponto de vista metodológico, o encontro foi dividido em três partes. A primeira, diz respeito a apresentação geral da proposta e suas relações conjecturadas junto ao arcabouço referencial de autories que tratam da escrita de si. Se para Michel Foucault, escrever pode ser uma ação de investigação de vida, do que nos contingencia e, sobretudo, na indagação de si para a construção do indivíduo; para Jota Mombaça, a experimentação é um espaço de formação do pensamento crítico enquanto ferramenta de combate e permanência. Considerando que a publicação ora dispõe de diagramas, ora de textos, buscou-se nessa primeira parte do encontro perscrutar as relações cotidianas como sínteses de processos gráficos, quais sejam: textos e imagens enquanto elementos chaves para constituição e construção de uma outra narrativa ou ficção de si.

 

A segunda parte do encontro destinou-se ao levantamento e partilha das palavras que auxiliam no entendimento de si de cada um dos sujeitos que participaram desta formação. Individualmente propõe-se que os docentes pensassem em uma palavra-síntese que, para eles, desse conta da ideia que tem de si mesmos, considerando suas subjetivações, experiências e percursos trilhados até o momento desta formação. Buscou-se, com esse exercício, demonstrar que se a crítica em sentido stricto sensu atua como uma bússola viciada quando se trata de abolir o mundo como o conhecemos rumo à possibilidade de viver outramente; repensar o sentido da crítica a partir de outras possibilidades de registro, caminho e práxis de si trata-se, justamente, de operar nos limiares, nas margens e nas brechas de tudo que já está solidificado.

 

A terceira e última parte, destinou-se à experimentação das palavras elencadas pelos participantes. Se no momento anterior, ao elencar individualmente uma palavra que atuasse estritamente como peça chave da construção de suas subjetividades; agora, o conjunto de palavras é visto e discutido como um rastro gráfico, gestando, por fim, uma imagem, cuja sobreposição de palavras produz uma outra narrativa coletiva. Neste último momento da formação, foi utilizado como recurso didático a Plataforma Miro, auxiliando, portanto, na representação das palavras conjuntas.

 

Foram ofertadas 30 (trinta) vagas para cada um dos grupos, preenchidas por ordem de inscrição. Todes es participantes do Encontro de Formação com Professories “Por uma arqueologia do comum, ou o que eu quero dizer com uma escavação de si” receberam certificado de participação (totalizando 1 hora e 30 minutos de atividades complementares).

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